Ao longo de quatro dias realizou-se um conjunto de ações que pretenderam agir sobre a problemática das plantas invasoras que está presente no território do Parque das Serras do Porto.

As atividades iniciaram dia 13 de julho com a realização do workshop “Conhecer e controlar as plantas invasoras” dirigido pelas especialistas da temática Elizabete Marchante e Hélia Marchante. Além da partilha de conhecimento e experiência sobre plantas invasoras e sobre as boas-práticas no controlo destas plantas, os participantes estiveram no terreno para ver e identificar as dezenas de espécies que têm impacte na biodiversidade das áreas florestais e dos rios das serras do Parque.

Os dias seguintes foram dedicados a ações de controlo com voluntários e em cada área, os participantes, munidos de tesouras e sachos de mão, contribuíram para a restauração ecológica das áreas invadidas por austrália, mimosa e tintureira, aplicando o método de descasque e de arranque manual.

O primeiro ponto de encontro dos voluntários deu-se a 14 de julho, na Serra de Santa Justa em Valongo, na parcela junto à capela como o mesmo nome, onde o descasque de austrália arrancou em junho passado. O grupo de voluntários deu um avanço grande, ficando muito pouco por fazer numa próxima ação! 🙂

No dia 15 de julho, viajou-se até à Senhora do Salto, em Aguiar de Sousa, Paredes para efetuar a mesma agenda de trabalhos, onde os participantes puderam desfrutar de um pequeno passeio ao longo do rio Sousa para conhecerem o trabalho que foi feito pelo projeto de “Valorização e adaptação dos rios Ferreira e Sousa às alterações climáticas” realizado em vários quilómetros de margens ribeirinhas. Após a caminhada, foi tempo de colocar mãos à obra e os voluntários estreantes, através de uma demonstração, aprenderam as boas práticas para realizar o descasque de austrália e juntaram-se ao resto do grupo. O dia de trabalho foi produtivo e soalheiro, como tal, no fim ainda se passou na ribeira de Stª Comba para quem quisesse refrescar-se. 🙂

Esta jornada terminou em Gondomar, no dia 16, com atuação na margem esquerda do rio Ferreira, em Belói, uma área que se insere no projeto Laboratório Rios+ e que tem sido intervencionada através de técnicas de engenharia natural e de controlo de invasoras. Os esforços dos voluntários centraram-se nas mimosas e tintureiras existentes junto à área intervencionada, mas também na sinalização da regeneração natural de gilbardeira, murta, sobreiros e carvalhos alvarinhos que agora encontram mais espaço para proliferar. Um dia marcado pelo bom tempo que atraiu muitos seres-vivos, como as borboletas e muitos outros insetos visitantes de flores.

Foram três dias de ações no terreno que contaram com 24 participações de Voluntários do FUTURO, cidadãos residentes na nossa região e também no centro do país, e da APRISOF que partilha da missão deste evento. Todos comprometeram-se com excelência, motivação e boa disposição, para as metas, deixando a sua marca na recuperação da Paisagem Protegida do Parque das Serras do Porto.

Muito obrigad@!

FOTOS dos dias 14, 15 e 16 de julho 2021

Créditos: ©2021CRE.Porto.amourao; ©2021CRE.Porto.malmeida; ©2021MunicipioGondomar; ©2021MunicipioParedes; ©2021MunicipioValongo.C.Madureira

Este evento foi organizado pela Associação dos Municípios do Parque das Serras do Porto, no âmbito do projeto “Gestão ativa de áreas ocupadas com espécies invasoras no Parque Serras do Porto”, financiado pelo PO SEUR. Contou com a colaboração da equipa das INVASORAS.PT e do CRE.Porto/ FUTURO. O CRE.Porto é uma rede de educação-ação para a sustentabilidade liderada pela Universidade Católica Portuguesa – Porto e pela Área Metropolitana do Porto.