Quando olhamos para uma árvore e nos dedicamos a observa-la, dificilmente conseguimos analisar todos os detalhes, pormenores, cores, sombras, texturas e realces. Quando olhamos para uma árvore e  tentamos desenhá-la o desafio torna-se ainda mais complexo! Que registo fazer? Só a silhueta? Preto e branco ou cores? Realista ou um “rabisco apressado”? Estas foram muitas das questões que a Mentora Fedra Santos colocou aos alunos do Professor Rui Magalhães, responsável pela coordenação do projeto da Rede de Escolas do FUTURO no Agrupamento de Escolas de Vilela, Paredes. Durante o presente ano letivo, os alunos desta escola irão dedicar-se à produção de árvores e arbustos nativos no seu novo viveiro.

No passado 24 de fevereiro sentamo-nos junto dos alunos na sala multimédia para assistir à sessão de “iniciação ao registo gráfico” oferecida a este grupo pela sua Mentora – Fedra Santos – ilustradora e designer. Esta sessão tinha o objetivo de dotar os alunos de capacidades e partilhar ideias e dicas para a construção de um bom registo gráfico das plântulas que em breve irão começar a germinar no seu viveiro.

“Foi com o projeto FUTURO que consegui realizar o desejo de plantar árvores e de dar o meu contributo para um ambiente melhor e uma floresta mais biodiversa” – esta foi a introdução dada pela Fedra nos seus primeiros comentários.

A árvore foi sempre centro das atenções desta atividade e foram diversas as referências usadas, desde a banda desenhada (foi relembrado o pobre Ideafix que sofre de cada vez que se corta uma árvore) ao prémio nobel da Paz em 2004 – Wangari Maathai – responsável pela criação do cinturão verde de África. Seguiram-se os livros e os cadernos de registos e eram muitos. Eram muitos os exemplos expostos sobre como variados e coloridos podem ser os registos das árvores e da Natureza. “Podemos ser realistas e pormenorizados, mas com alguns riscos no papel podemos igualmente representar a árvore.” Da caricatura de uma árvore contente até ao divertido retrato de uma árvore aborrecida, indignada e de “ramos à cinta” conclui-se que nem sempre é preciso um desenho rigoroso. Uma emoção ou uma situação podem ser representadas com poucos traços.

Depois dos exemplos e das explicações foi a vez de os alunos e do Professor porem mãos à obra e experimentarem fazer um desenho de um sobreiro que foi projetado na parede. O desafio era desenhar o sobreiro em apenas 1 minuto. Sim, 1 minuto. O objetivo era que conseguissem analisar rapidamente a árvore, a sua silhueta e com um único traço fizessem um registo rápido, “riscando” apenas o tronco, os ramos principais e a copa de uma forma muito ligeira. Este foi seguramente o minuto mais rápido de sempre.

“Desenhar uma árvore em apenas 1 minuto é impossível…”, dizia alguém e, apesar de tudo, ainda houve quem hesitasse e desse uso à borracha para apagar traços mais imperfeitos. No final, a Fedra deu uma ajuda para que todos percebessem para onde devíamos levar o nosso olhar e de que forma a mão devia seguir os nossos olhos no papel. O trabalho continuou e após uma boa sessão de treino, a tarefa de registar as primeiras plântulas cabe agora aos alunos e nós mal podemos esperar pelos primeiros desenhos! A Fedra irá voltar à escola em maio onde os alunos irão apresentar os seus registos e as plantas produzidas.

Bom trabalho!

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Créditos: ©2017CRE.Porto

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Rede de Escolas do FUTURO é uma iniciativa do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, um projeto desenvolvido pela Universidade Católica Portuguesa e Área Metropolitana do Porto no âmbito CRE.Porto – Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto. O objetivo do Programa de Mentores da Rede de Escolas do FUTURO é o de garantir apoio às Escolas através do estabelecimento de laços entre os docentes coordenadores e especialistas em diversas áreas de intervenção, que colaboram graciosamente. Conheça as entidades e pessoas envolvidas no projeto

 

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