A área FUTURO em Jancido, Foz do Sousa, no dia 16 de março, foi palco de um dia dedicado à plantação de nativas e à recuperação ecológica do local que cada vez mais se encontra desprovido de eucaliptos e rico em espécies características da região.

Os 41 Voluntários do FUTURO, no percurso até à área de plantação, puderam apreciar um magnífico carvalho-alvarinho (Quercus robur) que assinala uma entrada do trilho dos Moinhos de Jancido, um verdadeiro testemunho do tempo, com mais de 100 anos, e um perimetro de tronco que uma pessoa só não consegue abraçar, um verdadeiro gigante verde. Uma árvore nativa madura que proporciona habitat e alimento para outros seres vivos, que liberta oxigénio e sequestra carbono, que é um marco na paisagem, que a embeleza e transmitirá frescura nas estações mais quentes que se seguem. Estes são alguns dos benefícios das árvores nativas que perduram ao longo do tempo e, por conseguinte, as razões pelas quais é fulcral conservar e proteger o património natural existente. No projeto FUTURO ambiciona-se que as árvores nativas plantadas possam alcançar a sua longevidade, como o carvalho dos Moinhos de Jancido, e que valorizem ecologicamente o ecossistema.

Os Voluntários, muitos habituais nas ações do FUTURO, reservam parte do seu tempo para se dedicarem à causa ambiental e ao projeto, como é o caso de um pequeno grupo informal de colaboradores do hotel Crowne Plaza Porto que têm acompanhado várias ações e não deixam de incentivar e trazer mais colegas de trabalho, amigos e família a participarem ativamente para este bem comum que é a floresta nativa. Ou, como é o caso de uma aluna e docente da Escola Superior de Saúde, motivadas pelo programa eco-escolas que marcaram presença pela primeira vez para colaborarem na recuperação ecológica do território.

Este grupo de participantes, de novatos e veteranos, ao longo da manhã e tarde plantaram 473 medronheiros (Arbutus unedo) e folhados (Viburnum tinus) que crescerão em harmonia com a restante vegetação característica de matos, como os floridos craveiros-do-monte (Simethis mattiazzi) e a cila-de-uma-folha (Scilla monophyllos) que também foi admirada pelas suas flores azul-violeta.

Muito obrigad@ a tod@s pelo tempo e contínuo empenho dedicado à floresta nativa.

FOTOS: ação manhã, ação tarde | Créditos: ©2024CRE.Porto.malmeida; ©2024CRE.Porto.amourao

Esta ação, desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, foi organizada pelo Município de Gondomar e o CRE.Porto, em colaboração com Moinhos de Jancido. O CRE.Porto é uma rede de educação-ação para a sustentabilidade liderada pela Universidade Católica Portuguesa e pela Área Metropolitana do Porto. As árvores e arbustos (todos nativos) são provenientes do programa Floresta Comum e do Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones.