No dia 5 de dezembro, em que se assinala o “Dia Internacional do Voluntariado” e o “Dia Mundial do Solo”, nada melhor do que dar o exemplo na Universidade Católica Portuguesa no Porto, onde 4 colaboradores aceitaram o desafio de controlar plantas exóticas, invasoras e plantar espécies nativas para valorizarem o espaço verde do seu local de trabalho. Esta ação de voluntariado aconteceu no âmbito de um ciclo de eventos de sensibilização para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nos 4 campi da Universidade Católica Portuguesa (UCP).

A manhã estreou-se bem fria, mas não demoveu três colaboradores dos Recursos Humanos e um da Unidade para o Desenvolvimento Integral da Pessoa (CAtólica SOlidária) de participarem numa ação, com o objetivo de promover a biodiversidade nos jardins da Universidade, e assim ir ao encontro do ODS 15 – proteger a vida terrestre.

O grupo, com um gosto pela natureza e vontade de saber mais, conheceu o desafio das plantas exóticas, invasoras e a importância de conservar as espécies características do nosso território, as plantas nativas. Equipados com serrotes e sachos, começaram logo a aquecer com a primeira tarefa da manhã, conseguindo controlar 6 núcleos de hortênsias (Hydrangea macrophylla) e arrancar vários jarros (Zantedeschia aethiopica). Estas duas espécies exóticas revelam ter um comportamento invasor, visto que começaram a surgir por todo o local, sem terem sido plantados, ocupando uma área cada vez maior. O trabalho permitiu que dois sabugueiros (Sambucus nigra), uma árvore nativa com uma flor muito atrativa para os polinizadores, ficassem com mais espaço para se desenvolverem. Iniciou-se também o controlo de uma grande árvore invasora presente no local, a falsa-árvore-do-incenso (Pittosporum undulatum), eliminando alguns ramos para diminuir o espaço que ocupa, no entanto será alvo de acompanhamento para se observar como irá reagir.

A segunda parte da ação procurou incutir aos participantes como bem instalar uma planta e assim colocarem as mãos na terra e plantarem espécies nativas. O local em intervenção recebeu gilbardeiras (Ruscus aculeatuse trovisco-macho (Euphorbia characias), que marcaram o início de uma transformação.

Apesar de ainda haver mais para fazer, o tempo passou rápido e deixou os participantes contentes com o alcançado e com vontade de regressar. Assim, deixaram o mote para organizar mais ações, de incentivarem mais colegas, de continuar o trabalho a fim de contribuírem ativamente para um campus com mais biodiversidade e fomentar o contacto com as nossas espécies. Um resultado por si só muito positivo e inspirador que germinou de uma hora e meia de dedicação.

A iniciativa da UCP promoveu debates, expressões artísticas, exposições e encerrou neste dia com a ação de voluntariado e um painel sobre as alterações climáticas, que culminou na dinamização de um grupo de trabalho focados em três dos ODS (ação climática, proteger a vida marinha, proteger a vida terrestre). Desta sessão resultaram ideias concretas pensadas pela comunidade universitária, alunos e colaboradores, para colocar em prática no campus, com o foco num futuro de escolhas e ações mais conscientes e sustentáveis.

Muito obrigad@ a todos pelo empenho e o tempo a promover as espécies nativas no campus UCP-Porto!

FOTOS | Créditos: ©2023CRE.Porto.malmeida ©2023CRE.Porto.amourao

Esta ação é desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto. A organização está a cargo da UDIP – CASO (Católica Solidária) em colaboração com o CRE.Porto. O CRE.Porto é uma rede de educação-ação para a sustentabilidade liderada pela Universidade Católica Portuguesa – Porto e pela Área Metropolitana do Porto. As árvores e arbustos (todos nativos) são provenientes do Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO.