A manhã de 11 de fevereiro foi passada com 45 Voluntários do FUTURO que vieram dar o seu contributo e continuidade à ação de controlo de plantas invasoras, iniciada no mês passado, na Serra de Santa Justa, em Valongo.

O grupo, constituído por veteranos e principiantes do FUTURO e voluntários do Banco Local de Voluntariado, foi recebido pelo Município de Valongo, Parque das Serras do Porto e pelo CRE.Porto. Depois de uma introdução sobre as plantas invasoras, e a importância de assegurar o controlo da tintureira (Phytolacca americana) e austrália (Acacia melanoxylon) no monte de Santa Justa, reforçou-se o papel relevante que cidadãos têm para ajudar a travar a expansão desta ameaça à biodiversidade, aliado a outros meios de gestão que também são aplicados, como por exemplo realizado por profissionais com métodos mecânicos e químicos.

O primeiro foco do trabalho foi a tintureira. Para “dividir e conquistar”, os Voluntários repartiram-se pela área junto à Capela de S. Sabino, para concluir o controlo iniciado, e junto à escadaria Cuca Macuca que também se apresenta invadida com esta espécie. Com empenho e cuidado, os Voluntários certificaram-se que cortaram todos os cachos com bagas antes de arrancarem as plantas e as suas raízes na totalidade.

Conseguiram remover todos os indivíduos de tintureira da parcela e, com o grupo reunido junto à escadaria, dedicou-se o restante tempo da manhã soalheira a arrancar jovens austrálias. Mesmo apresentando poucos centímetros de altura, os Voluntários verificaram o vigor do enraizamento desta planta invasora, da sua rebentação e também a capacidade em produzir muitas sementes, que, infelizmente, germinam em toda a extensão da área.

Contudo, com esta ação foi possível identificar e melhor sinalizar a regeneração espontânea de nativas, que se foi observando com muita satisfação ao longo do percurso realizado, encontrando carvalhos, sobreiros, sanguinhos-de-água e salgueiros.

Apesar de ser necessário continuar a investir no controlo de invasoras nesta área da Santa Justa, os Voluntários locais e os conhecedores deste terreno já observam uma grande diferença do que antes era um acacial serrado e muito denso, para um bosque nativo desejoso de prosperar.

Obrigad@ a tod@s pelo tempo e esforço dedicado a zelar pela floresta nativa da região! 😊

FOTOS |©2023CRE.Porto.malmeida e ©2023CRE.Porto.amourao

A ação, enquadrada nas atividades do European Green Leaf 2022 e desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, é organizada pelo Município de Valongo e o CRE.Porto. O CRE.Porto é uma rede de educação-ação para a sustentabilidade liderada pela Universidade Católica Portuguesa e pela Área Metropolitana do Porto.