O quinto Dia Mundial do Fascínio das Plantas (2019) foi lançado por investigadores de plantas de todo o mundo sob a égide da European Plant Science Organisation (EPSO). Com esta iniciativa anual, iniciada em 2015, pretende-se reunir o maior número possível de pessoas em todo o mundo em torno do fascínio das plantas e do papel determinante que estas assumem na conservação do ambiente e bem-estar das pessoas.

O CRE.Porto, com o FUTURO – projeto das 100.000 árvores na AMP, não podia ficar indiferente a esta iniciativa e organizou no dia 24 de maio, com o apoio do Município do Porto, uma visita guiada ao Viveiro do FUTURO (Viveiro Municipal do Porto) dedicada à temática “Uma floresta de espécies raras”. Reuniram-se assim, 18 participantes que rapidamente se fascinaram pela beleza deste Viveiro!

A apresentação do FUTURO e do papel importante do Viveiro na produção de árvores nativas para as áreas da AMP decorreu no auditório e após essa primeira abordagem, seguiram-se as tão esperadas espécies raras e/ou pouco abundantes da nossa flora nativa. Das zêlhas (Acer monspessulanum) aos teixos (Taxus bacatta) passando pelo Cornisco (Cornus sanguinea), a curiosidade da plateia foi aumentando e ar surpreso também! Devido à perda de habitat, intensificação das monoculturas, incêndios florestais e outras condicionantes que tem vindo a alterar a paisagem da floresta portuguesa, estas espécies e muitas outras, estão cada vez mais isoladas, e as suas populações, capazes de se reproduzirem e substituírem, são cada vez menores.

Assim, a aposta do Viveiro do FUTURO no conhecimento e propagação de algumas destas espécies é fundamental para que estas possam ser utilizadas em ações de restauro ecológico e novamente ganhar espaço para se desenvolverem e repovoarem o território.

A visita aos espaços do Viveiro fez as delicias de todos os participantes, que percorriam o espaço lentamente, para não perderem da vista nenhuma planta e nenhuma cor!

Já na estufa, lugar onde todas as épocas se iniciam uma nova fase de produção de plantas nativas, foi feita a apresentação da técnica de micorrização de plantas florestais pelo Dr. Miguel Ramos, investigador e parceiro do FUTURO. Este trabalho de investigação tem vindo a ser desenvolvido e testado por este investigador e a sua equipa da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, com o objetivo de produzir árvores cada vez mais resilientes e bem-adaptadas, graças à simbiose promovida entre as raízes das plantas florestais e espécies especificas de cogumelos.

Portugal reuniu nesta iniciativa mundial cerca de 39 ações, em vários pontos do País, numa verdadeira onda de celebração das plantas! Podemos garantir que nesta tarde, as plantas e a floresta nativa, foram verdadeiramente fascinantes!

FOTOS | Créditos: ©2019CRE.Porto.malmeida

O Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO é uma parceria entre o CRE.Porto, a Câmara Municipal do Porto, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Conta com o apoio da Lipor – Serviço Intermunicipalizado de Tratamento de Resíduos da Região Porto, da Silvapor – Ambiente e Inovação, da Leal & Soares e do projeto Sementes de Portugal. O Viveiro está licenciado pelo ICNF como fornecedor de materiais florestais de reprodução.