img_6294No passado 19 de novembro decorreu a segunda ação de formação para docentes do Programa de Formação “Como potenciar as árvores e a florestas num contexto educativoda Rede de Escolas do FUTURO. Nesta última sessão, que teve lugar no Parque Biológico de Gaia,  estiveram presentes 62 Professores, Mentores e Técnicos de vários municípios, bem como Eco conselheiros da Lipor e a equipa do FUTURO. A tarde, foi dedicada às componentes de valorização do espaço verde escolar, descoberta do mundo arbóreo local e à criação de um viveiro de plantas nativas.  Mais uma vez, o painel de formadores foi variado e de excelência e os diferentes temas foram explorados de forma a oferecer aos participantes ideias, sugestões e dicas importantes para o desenvolvimento das diferentes modalidades.

A abertura da sessão contou com a presença da Vereadora do Ambiente Urbano e Espaço Público da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Engª Mercês Ferreira, à qual deixamos um especial agradecimento pela participação e por nos ter aberto as portas do emblemático Parque Biológico.

O primeiro tema a ser abordado foi o das Árvores Monumentais, pela bióloga Raquel Lopes. Carinhosamente e com um especial brilho nos olhos, a Raquel mostrou-nos os mistérios, histórias e estratégias para valorizarmos, respeitarmos e conservarmos este valioso património natural, alvo do seu trabalho de doutoramento na Universidade de Aveiro. Foram várias as anciãs apresentadas, com direito a fotografias belíssimas, curiosidades e histórias que fazem o ser humano parecer demasiado pequeno e demasiado jovem! O papel das crianças na construção de uma sociedade mais sensível a este património foi largamente explorado e os exemplos foram saltando rapidamente e coube a cada um conseguir apontar todos! 🙂

dsc_8481Depois de apresentadas as relíquias da nossa flora, seguiu-se a arquiteta Marisa Graça. Doutoranda e investigadora no CIBIO, que centra o seu estudo na avaliação e quantificação dos benefícios providenciados pela vegetação urbana do Porto, de forma a contribuir para a melhor gestão e conceção das áreas verdes. Se neste momento já tínhamos apreendido a importância das florestas urbanas, com esta apresentação foi possível quantificar e avaliar com pormenor todos os serviços e benefícios que as árvores, tranquilamente, nos oferecem. Através da aplicação iTree Canopy foi possível perceber que apenas 45% das árvores do Parque da Cidade conseguem captar entre 314 a 393 toneladas de dióxido de carbono por ano! Com esta aplicação, seguramente que os estudos em cada escola vão começar a surgir e os resultados prometem ser muito interessantes!

A tarde de formação terminou com as “sementes para o futuro”,  ao serem apresentadas pela bióloga e membro da equipa do FUTURO, Ana Pereira, dicas, ideias e técnicas para a criação de um viveiro escolar de plantas nativas. Depois da apresentação das três espécies que serão entregues às 32 escolas inscritas nesta modalidade a curiosidade foi satisfeita e este ano, alunos e professores poderão conhecer melhor o Jasmineiro-do- Monte (Jasminum fruticans), a Murta (Mytus communis) e Sobreiro (Quercus suber). Estes pequenos viveiros serão um importante contributo para a bolsa de plantas do FUTURO que irá alimentar as áreas de floresta da AMP.

Mais uma vez o projeto Sementes de Portugal esteve presente, com a oferta de um pack de sementes de espécies nativas aos Professores/Escolas presentes.

Obrigada a tod@s!

A Rede de Escolas do FUTURO é uma iniciativa do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, um projeto desenvolvido pelo CRE.Porto – Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto. Conheça as entidades e pessoas envolvidas no projeto.

Fotografias | Créditos: @2016CRE.Porto|rruiz,  @2016CRE.Porto|ampereira e @2016CRE.Porto|malmeida