Ontem, o Município do Porto firmou com a Infraestruturas de Portugal e a Área Metropolitana do Porto um Protocolo de Colaboração a 5 anos que estabelece a criação da Rede de Biospots do Porto.

Esta rede de áreas de floresta urbana (dominantemente autóctone) na cidade do Porto será criada para promover a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas, a adaptação às alterações climáticas e a amenização paisagística. É a materialização de uma parte da Estrutura Ecológica Municipal da cidade e será, numa primeira fase, constituída por 14 áreas que se distribuem ao longo dos eixos de circulação principais (nós, taludes, áreas verdes laterais), totalizando uma área útil de 17 hectares (25 hectares brutos).

Até 2021 serão instaladas e mantidas cerca de 10.000 novas árvores e arbustos nestas áreas, que oferecerão à cidade e aos portuenses inúmeros serviços ‘invisíveis’ (como por exemplo a retenção de poluentes atmosféricos e o armazenamento de carbono) cujo valor estimado é de €500.000 por ano (em adultas).

Além disso, as 10.000 árvores têm o potencial de armazenar aproximadamente 50 toneladas de carbono por ano, dando um contributo para as medidas previstas no Plano de Mitigação e Adaptação às Alterações Climáticas do Porto.

A primeira intervenção a passar para o terreno já no próximo mês é a do Nó do Regado, onde cerca de 800 novas plantas serão instaladas. As plantas são produzidas no Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO, instalado no Viveiro Municipal do Porto.

A Rede de Biospots do Porto é um projeto promovido pelo Município do Porto numa parceria com a Infraestruturas de Portugal S.A. e a Área Metropolitana do Porto, e está enquadrado no FUN – Florestas Urbanas Nativas do Porto e no FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto. Para garantir a integridade e adequabilidade das intervenções foi criado um Grupo Consultivo, constituído por especialistas de várias áreas, desde o paisagismo à saúde.

O FUN é um projeto integrado que promove o conhecimento sobre e a expansão das florestas urbanas no Porto. Como uma árvore, o FUN é constituído por vários ramos – o Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones, a Rede de Biospots do Porto, o Programa ‘Se tem um jardim, temos uma árvore para si’, o Porto Biolab e a Rota das Árvores do Porto. Porque as árvores fazem bem ao ambiente, às pessoas e à economia da cidade.

FOTOS Créditos: ©2016CREPorto. ampereira; ©2016CREPorto. malmeida

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