Em março, o Nó de Francos, uma área da Rede de Biospots do Porto, recebeu 543 árvores e arbustos de 20 espécies nativas. Esta arborização é mais um contributo para a rede de áreas de floresta urbana nativa que está a crescer na cidade do Porto.

A intervenção no Nó de Francos foi a segunda no âmbito da Rede de Biospots do Porto. A primeira aconteceu em fevereiro 2017 no Nó de Regado onde foram instaladas 765 árvores e arbustos nativos.

Como na intervenção anterior, o Plano de Intervenção do Nó de Francos foi delineado por uma equipa técnica que incluiu especialistas da área da arquitetura paisagista e biologia (equipa do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto), bem como técnicos da Câmara do Porto e da Infraestruturas de Portugal SA. O Plano foi submetido ao Grupo Consultivo que reúne especialistas das áreas da Saúde Ambiental, Paisagismo, Biologia e Geografia, tendo sido ajustado de acordo com os pareceres recebidos.

As intervenções no terreno foram levadas a cabo pela equipa da Infraestruturas de Portugal, com o acompanhamento técnico da equipa do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto. Compreendeu a marcação do desenho de plantação, a abertura de covas, plantação e a proteção das árvores novas, mas também compreendeu a remoção de 27 árvores de espécies invasoras (Robinea pseudoacacia, Acacia melanoxylon, Myoporum laetum, Buddleja davidi).

 Até 2021 pretende-se instalar e manter cerca de 10.000 novas árvores e arbustos nestas áreas, que oferecerão à cidade e aos portuenses serviços “invisíveis”, tais como a retenção de poluentes atmosféricos e o armazenamento de carbono, num valor estimado de €500.000 por ano (quando adultas). Além disso, têm o potencial de armazenar aproximadamente 50 toneladas de carbono por ano, contribuindo para as medidas previstas no Plano de Mitigação e Adaptação às Alterações Climáticas do Porto. O investimento permite, igualmente, poupar recursos públicos a médio prazo (cerca de 25.000 euros por ano em custos de manutenção).

No final de 2018 iniciar-se-ão os trabalhos para as próximas intervenções. As áreas são monitorizadas pelo menos uma vez por ano para se aferir o sucesso das intervenções e implementar medidas corretivas, quando necessário.

FOTOS Créditos: ©2018CRE.Porto.mpinto ©2018CRE.Porto.malmeida

A Rede de Biospots do Porto é um projeto promovido pelo Município do Porto numa parceria com a Infraestruturas de Portugal S.A. e a Área Metropolitana do Porto, e está enquadrado no FUN – Florestas Urbanas Nativas do Porto e no FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto. Para garantir a integridade e adequabilidade das intervenções foi criado um Grupo Consultivo, constituído por especialistas de várias áreas, desde o paisagismo à saúde. O FUN é um projeto integrado que promove o conhecimento sobre e a expansão das florestas urbanas no Porto. Como uma árvore, o FUN é constituído por vários ramos – o Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones, a Rede de Biospots do Porto, a iniciativa ‘Se tem um jardim, temos uma árvore para si’, o Porto Biolab e a Rota das Árvores do Porto. Porque as árvores fazem bem ao ambiente, às pessoas e à economia da cidade.