mushroomA floresta portuguesa tem um valor económico de estimado de 1.300 milhões de euros por ano (Estratégia Florestal Nacional, Resolução do Conselho de Ministros n.º 6-B/2015, página 692-19). Esse valor foi publicado em estudo de referência (Mendes et al, 2004).

Desse valor, 41% do valor económico dos produtos da floresta resulta da produção da madeira (toros para serração, produção de pasta de papel e outros usos industriais e lenha). A maior fatia do valor económico da floresta nacional resulta dos outros produtos e serviços, como a cortiça, resina, mel, frutos, cogumelos, plantas, bolotas, caça e recreação (47%), bem como serviços ambientais essenciais (12%), como a proteção da água e do solo e a retenção de carbono (Mendes et al, 2004). Só para dar dois exemplos, os frutos (pinhão, castanha, alfarroba, medronho e sabugueiro) têm um valor económico de 53.310.000 euros e os cogumelos de 16.250.000 euros.

Entre 2000 e 2012, o custo social anual médio com os incêndios foi de 277 milhões de euros, excluindo custos com o combate. (Mateus & Fernandes, 2014). De acordo com números oficiais (ICNF, 2013), e como valor de referência, em 2013 terão sido gastos 82 milhões de euros do erário público em combate de incêndios. O custo soma assim cerca de 360 milhões de euros por ano (valor médio). Dito de outra forma: cerca de um terço do benefício da produção anual de riqueza florestal esvai-se com os incêndios.

Dá que pensar.

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