A Câmara Municipal de Matosinhos promoveu a 2ª edição da iniciativa “Árvores pequenas procuram proprietários de coração grande” e ofereceu 237 árvores e arbustos nativos aos munícipes e organizações com jardins privados. Estas plantas são um importante contributo para aumentar a estrutura verde do concelho e valorizar as espécies características do Vale do Leça.

Em janeiro passado, a iniciativa da Câmara Municipal de Matosinhos, “Árvores pequenas procuram proprietários de coração grande”, regressou com o objetivo de continuar a aumentar o número de árvores nativas do concelho e aprofundar o conhecimento sobre as espécies emblemáticas da nossa flora junto dos munícipes. Para isso, houve a possibilidade de quem tem jardim ou quintal em Matosinhos de se candidatar a receber até duas árvores ou arbustos nativos, para plantar no seu terreno. Durante o período de submissão de candidaturas, os residentes ou organizações sediadas no concelho puderam usufruir de uma sessão online de apresentação das espécies para auxiliar as suas escolhas, dicas de plantação e manutenção, assim como proporcionar um momento de esclarecimento de dúvidas.

Nesta edição, os candidatos puderam escolher entre sete espécies: o azereiro (Prunus lusitanica), a bétula (Betula pubescens), o carvalho-alvarinho (Quercus robur), a gilbardeira (Ruscus aculeatus), o lódão (Celtis australis), o medronheiro (Arbutus unedo) e o teixo (Taxus baccata). Excelentes adições aos jardins, por serem árvores e arbustos intrinsecamente adaptadas às condições climáticas da região, assim como ao solo que ajudam a proteger, convidam outros seres vivos a visitar, aumentando a biodiversidade para um concelho rico em espécies nativas e dinâmico. Consequentemente, contribuem para um ecossistema mais equilibrado, com muitos outros benefícios associados ao valor ecológico das espécies nativas, juntamente com o proveito que os cidadãos assimilam de uma paisagem com elementos naturais.

As entregas das plantas nativas às famílias e organizações, que viram as suas candidaturas aprovadas, realizaram-se nos dias 31 de março e 1 abril no Parque Ecológico Monte S. Brás. Este espaço verde, aberto à comunidade, acolheu 104 residentes e representantes de 9 organizações que receberam as suas plantas nativas jovens e puderam fazer parte da valorização ecológica do território. A Vereadora do Ambiente e Transição Energética, Manuela Álvares, esteve presente para agradecer a adesão à iniciativa, que alcançou um total de 237 árvores e arbustos nativos.

Em 2021, na primeira edição da iniciativa, criada no âmbito do Centro de Recuperação Paisagística do Vale do Leça, foram entregues 610 árvores e arbustos nativos, número esse que cresce agora para os 847 exemplares adotados pelos Matosinhenses. Começa assim o regresso das árvores nativas ao Vale do Rio Leça.

FOTOS©2023CRE.Porto.malmeida; ©2023CRE.Porto.amourao

O Centro de Recuperação Paisagística do Vale do Leça integra o Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do Vale do Leça, no qual foram produzidas as plantas nativas para a iniciativa. A bolsa de plantas, disponíveis para oferta, contou também com plantas do programa Floresta Comum. Esta campanha contribui também para os objetivos do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, e vai ao encontro da Agenda 2030 da ONU, adotada pelo Município de Matosinhos, especificamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 13 – Ação Climática, 15 – Proteger a Vida Terrestre e 17 – Parcerias para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade.