No âmbito das celebrações da Semana do Ambiente e Energia do Porto, estivemos, no passado 14 de junho, no Centro de Educação Ambiental do Covelo com um curioso grupo de 25 crianças entre os 3 e os 5 anos a falar sobre floresta e sobre os seus mistérios, encantos e histórias.

A viagem começou à volta de uma pequena mala de cartão que guardava muitos dos mistérios e segredos da floresta. Sempre com um olhar muito atento, os pequenitos iam olhando com surpresa para os elementos que iam saindo da mala. Perante a primeira folha exclamaram – “que grande! é comprida e tem biquinhos pelos lados…”. Era a folha do castanheiro. Depois mostramos um belo ramo aromático de flor de sabugueiro. “Cheira tão bem!! E eu tenho flores destas no meu jardim” comentava uma das alunas de quatro anos. Seguiu-se uma noz e uma castanha, uma mais rugosa e outra mais lisa.  Ao mexer em ambas ao mesmo tempo, as crianças ficam surpreendidas pelas diferenças na sua textura “uma é mais fofinha que a outra…”. Um pedaço de cortiça suscitou a dúvida em todos! O que seria? “Uma pedra? Uma rocha do mar?” Até que alguém mais corajoso avançou “parece madeira!”. Não era madeira, mas era uma parte da casca de uma árvore muito imponente e bonita e que iria ser alvo de uma “boa inspeção” pouco tempo depois.

Depois de termos mostrado todas as surpresas que estavam na mala foi tempo de entrar na floresta. Mas primeiro mergulhamos na floresta de letras e palavras que representa um livro. Como nasceria uma árvore e qual a sua importância na floresta foi o que o livro contou. Finalizada a história era tempo de levantar e entrar num verdadeiro bosque! Cheio de cor, cheiros, texturas e sons bem reais.

Na entrada, um grande carvalho-alvarinho (Quercus robur) mereceu a atenção e admiração de todos. “É tão grande! É como a árvore da história…” Era mesmo muito semelhante, pois até tinha o que poderia ser a casinha da mãe coruja. Alto, imponente e já velho, o carvalho, com os seus líquenes pendurados “faz lembrar a barba dos avós e é por isso que sabemos que ela é velhinha…”

No final da manhã, foi fascinante sentir que, entrando no mundo das crianças, conseguimos levar até elas a beleza e a importância da floresta nativa, de uma forma colorida e divertida.

 

FOTOS | Créditos: ©2018CREPorto.ampereira e ©2018Isabel