Este sábado passamos a tarde em busca da história de um povo e da sua floresta. Subimos à Cividade de Terroso na Póvoa de Varzim e fizémos uma viagem que começou 900 anos a.C., data em que os brácaros se instalaram neste monte sobranceiro ao mar e que, em dias claros, garante vistas até Viana do Castelo e Vila Nova de Gaia. A nossa viagem terminou nos nossos dias.

O Dr. José Flores, arqueólogo da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e profundo conhecedor desta área, foi o nosso guia. Com ele ficamos a conhecer melhor os brácaros, o tipo de ocupação que faziam do território, a sua relação com a floresta e outros recursos naturais, a sua alimentação (centeio, favas, bolotas, carne de bovino e de cabra ou ovelha, peixe e mariscos, etc.), as suas relações sociais e o seu destino após a chegada dos romanos, por volta de 138 a.C..Além disso, apresentou-nos todas as espécies de árvores e arbustos que estão hoje em dia – bem como no tempos aúreos do castro – presentes na área arqueológica (carvalhos, sobreiros, pilriteiros, aveleiras,…) e explicou-nos de que modo os povos castrejos usavam a floresta e os seus recursos.

Socorrendo-se dos escritos de Estrabão, reforçou a ideia de que estes povos viviam parte do ano alimentando-se de pão de bolota. Além disso bebiam ‘zhytus’ (cerveja), vinho e não usavam o azeite, mas sim a manteiga. FOTOS

Esta atividade desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, foi promovida pelo CRE.Porto em colaboração com a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.