No dia 12 de fevereiro, o encontro foi de novo na Serra da Santa Justa, onde um grupo de 104 voluntários FUTURO levou a cabo a missão de concluir a meta de plantação desta nova parcela em reconversão para bosque nativo, em Valongo.

A grande motivação do grupo reunido, plantadores iniciantes e veteranos, revelou-se ainda mais quando terminaram de plantar nas covas disponíveis na parcela, anteriormente abertas por uma equipa de profissionais, e passaram a abrir mais algumas covas para as plantas que ainda faltavam instalar. Assim, com esta incrível determinação, foi possível plantar as árvores destinadas para a manhã de trabalho: 542 sobreiros (Quercus suber), a espécie consagrada Árvore Nacional de Portugal; carvalhos-alvarinho (Quercus robur); medronheiros (Arbutus unedo); e pinheiros-bravos (Pinus pinaster).

Do Porto, vieram Exploradores do Agrupamento 449 do Santíssimo Sacramento e, de S. Pedro da Cova, Escoteiros do Grupo 33, compostos por chefes e jovens entusiastas que se empenharam na tarefa da manhã: plantar árvores. A perseverança, boa disposição e preocupação para bem plantar as suas primeiras árvores nativas ou continuar a adicionar aos seus historiais, estendeu-se a todos os voluntários. Foi o caso de um Voluntário que na casa dos 60 plantou a sua primeira árvore autóctone e, no seu ritmo, foi persistente até conseguir uma boa cova para instalá-la bem. 🙂

Esta área fica assim com muitas horas de trabalho profissional e voluntário dedicadas, culminando num avanço importantíssimo na recuperação ecológica da Serra da Santa Justa, todavia não fica concluído. Nos próximos meses, será necessário colocar estacas e protetores para sinalizar e proteger as árvores, assim como incluir ações de controlo para travar a expansão da háquea-picante, espécie invasora, e continuar com a eliminação de eucalipto. É com a monitorização do terreno, uma fase fundamental de seguimento das ações ao longo do tempo, que se consegue potenciar e avaliar o sucesso das intervenções.

Os Trilhos do Paleozóico, nos quais os participantes usufruem da paisagem desta Serra na sua prática desportiva, tomaram a iniciativa de se associar a esta plantação. A organizou ofereceu, a todos os voluntários, uma gola de pescoço alusivo ao evento, que se juntou ao kit do Município de Valongo e do Parque das Serras do Porto: chapéu; íman que sensibiliza para a biodiversidade regional; e biscoitos tradicionais de Valongo (que não poderiam faltar!), para saborear quando é necessário repor energias.

Muito obrigad@ por terem contribuído em mais uma ação para recuperar a nossa floresta!

FOTOS | ©2022CRE.Porto.amourao; ©2022CRE.Porto.malmeida; ©2022CMValongo.CMadureira; ©2022CNE.AGRUPAMENTO449.RicardoNunes; ©2022AEP.Grupo33.MárioCosta

Atividade integrada na programação do Município de Valongo, enquanto vencedor do European Green Leaf Award, EGLA 2022.”, desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, foi organizada pela Associação de Municípios Parque das Serras do Porto, pelo Município de Valongo, pela Junta de Freguesia de Valongo e o CRE.Porto. O CRE.Porto é uma rede de educação-ação para a sustentabilidade liderada pela Universidade Católica Portuguesa e pela Área Metropolitana do Porto. As árvores e arbustos (todos nativos) são provenientes do programa Floresta Comum e do Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO.