Álvaro de Campos dizia que temos “que atirar uma bomba ao destino”. E o que nos é vaticinado não é promissor: debilidade económica, alterações climáticas, perda de biodiversidade, erosão democrática… Plantar árvores e cuidar dos nossos bosques nativos é uma das poucas coisas que podemos fazer para contrariar esta onda de insustentabilidade: é portanto uma bomba verde que atiramos ao destino.
Este é o tema que o CRE.Porto lançou para um dos debates à mesa do café na GLOCAL 2012 – Pensar Global, Agir Local (que decorre em 11 e 12 de outubro no Centro de Interpretação Ambiental da Serra da Estrela, Seia). 
Nesta conversa vamos juntar várias pessoas envolvidas em projetos de plantação de árvores e valorização dos bosques para partilhar e debater as metodologias de trabalho e as oportunidades que as medidas de restauro de ecossistemas florestais abrem para transitarmos para uma sociedade mais sustentável: com mais emprego e justiça social, com melhor ambiente, colaboração e cidadania.
Paulo Magalhães, da Quercus, explica-nos o projeto Floresta Comum no contexto do Condomínio da Terra; Marta Pinto, do CRE.Porto aborda como é possível envolver dezenas de entidades e milhares de pessoas numa meta comum – plantar 100.000 árvores nativas na Área Metropolitana do Porto; Miguel Teles representa o Movimento Plantar uma Árvore, um grupo de cidadãos que decidiu começar a plantar árvores e Bernardo e Teresa Markovsky partilham a experiência do Movimento Terra Queimada e, literalmente, vão explicar-nos como fazer as tais bombas verdes 🙂
O nosso ponto de partida é claro: num mundo saturado de consumo, de dióxido de carbono e de pessimismo, plantar árvores é o melhor ato de protesto positivo.