Pilriteiro (Crataegus monogyna) | Foto: Maria Almeida

A resposta é “muito mais do que se pode imaginar”! Muitas das espécies arbóreas que podemos ver nas nossas paisagens naturais, como por exemplo a bétula, a aveleira, o sabugueiro, o teixo e o pilriteiro, são plantas que têm uma grande importância em recentes avanços médicos. Por exemplo, da bétula, também chamada de vidoeiro, extrai-se o ácido betulínico, uma substância que se descobriu recentemente ser eficaz contra certos tipos de cancro (como o melanoma). O pilriteiro, uma pequena árvore de flores brancas ou rosadas, tem nas suas folhas e flores substâncias usadas para tratamento de insuficiência cardíaca e problemas cardiovasculares. Está demonstrado que melhora a circulação, sendo usado em casos de angina de peito, arritmias, taquicardias, entre outros.
No caso do sabugueiro conhece-se que tem substâncias ativas contra o vírus da gripe e está igualmente em estudo o seu potencial no tratamento da diabetes.
Por fim, mas não menos importante, o teixo, uma espécie já rara no nosso país, é a fonte original de substâncias designadas taxanos que são extremamente efetivas em tratamentos contra o cancro. Muito recentemente descobriu-se que os taxanos também podem ser extraídos das aveleiras. Um desses taxanos, o taxol, está também a ser usado em investigação para o tratamento de Alzheimer e Parkinson, entre outras.